domingo, 27 de dezembro de 2009

O Macaco e a Mola

Ano acabando, mudança de turma...
Vou começar a postar textos aleatórios, linguagem, matemática, natureza e sociedade, artes e ed. física, possíveis estratégias para desenvolver os conteúdos que vocês determinaram ou determinarão em seus planejamentos, precisando de algo em especial, deixe recado, ok?

Ao longo deste ano fui devagarinho mostrando algumas poesias para as crianças, disse a elas que era como se fosse uma história cantada, expliquei o que era rima e que durante a leitura da poesia eles não poderiam interromper, mas ao final poderiam fazer as perguntas que quisessem; bom, em dezembro minha turminha já estava apaixonada por poesia, e era só eu dizer que ia ler uma, todo mundo ficava quietinho e atento.
Abaixo mostrarei o Macaco e a Mola, de Sonia Junqueira , ensaiei bastante antes de ler, não utilizei nenhum recurso, apesar do livro ser lindo, me servi apenas da minha interpretação, eles amaram!




O Macaco e a Mola


O macaco vê a mala.
O macaco cutuca a mala.


Da mala pula a mola.


A mola vira bola.
A bola pula. A bola rola.


A mola galopa como o cavalo.


A mola rebola como o robalo.


O macaco fica mole de medo.
- A mola será maluca?


A mola vira bala, caneca,
fita, boneca e peteca.


O macaco fica parado.
- A mola será pirada?


Pega-pega, pula-pula!
A mola pula
no pé do macaco.


O macaco roda.
A mola roda.


Tudo roda.


O macaco cutuca a cuca.
- A mola será caduca?


A mola pula de novo.
A mola pula na mala.
Epa! Agora o macaco já sabe!


Nada de mola maluca!
Nada de mola caduca!
Nada de mola pirada!


A mola é mágica!

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Poema de Natal - Vinícius de Moraes


Natal

De repente o sol raiou
E o galo cocoricou:

— Cristo nasceu!

O boi, no campo perdido
Soltou um longo mugido:

— Aonde? Aonde?


Com seu balido tremido
Ligeiro diz o cordeiro:

— Em Belém! Em Belém!

Eis senão quando, num zurro
Se ouve a risada do burro:

— Foi sim que eu estava lá!

E o papagaio que é gira
Pôs-se a falar: — É mentira!

Os bichos de pena, em bando
Reclamaram protestando.

O pombal todo arrulhava:
— Cruz credo! Cruz credo!

Brava

A arara a gritar começa:
— Mentira! Arara. Ora essa!

— Cristo nasceu! canta o galo.

— Aonde? pergunta o boi.
— Num estábulo! — o cavalo
Contente rincha onde foi.

Bale o cordeiro também:
— Em Belém! Mé! Em Belém!

E os bichos todos pegaram
O papagaio caturra
E de raiva lhe aplicaram
Uma grandíssima surra.